O valor dos pequenos gestos
Isi Golfetto
Pouquíssimas coisas
podem se comparar ao privilégio de viver ou de passar um tempo com os avós... a
vida fica mais completa e as horas muito mais doces e divertidas. O carinho e a
paciência deles com você, definitivamente, ninguém vai ter.
As pequenas coisas,
geralmente,
ocupam os
maiores espaços em nosso coração.
Se visitar os avós nas férias estão entre as melhores
lembranças que temos, imagine morar com eles parte da sua vida!
Tudo começou na minha infância. Minha família mudava com frequência de cidade em decorrência da profissão do meu pai. Então, por priorizar a minha
educação meu pai decidiu que seria melhor eu morar com os meus avós maternos.
Que privilégio! Hoje
não apenas as recordações estão repletas de momentos inesquecíveis, mas grande
parte dos meus valores e princípios foram construídos por influência dessa
convivência.
O hábito da leitura. Minha
infância foi rodeada por jornais, revistas e livros de histórias. Meu avô passava horas lendo aquele
imenso jornal e me incentivava a folhear as revistas e circular as
palavrinhas que havia aprendido na escola. À medida que aprendia a ler passava o meu tempo na leitura dos fascinantes livros de histórias.
Graças ao
meu avô ganhei um grande presente... o hábito da leitura, que além
de benefício no meu aprendizado escolar, foi relevante para a minha habilidade
na escrita.
O bom humor. Bem poucas
coisas me tiram do sério. Ter bom humor é uma questão de ótica, dizia o meu
avô. O bom humor nos permite ver a situação por um ângulo menos ameaçador e nos torna emocionalmente mais equilibrados visto que, nem tudo está sob o
nosso controle, especialmente o comportamento das outras pessoas.
Graças ao meu avô aprendi que de nada adianta chorar sobre o leite
derramado!
Fazer o que
ama. Meu avô era um profissional competente, comprometido e realizado. Ele
amava o que fazia e fazia com capricho. Ele era serralheiro e trabalhava em uma grande empresa em São
Paulo na década de 50, quando Brasília estava sendo construída. Foi um dos
funcionários convidados para trabalhar nas estruturas metálicas do Palácio do
Congresso Nacional, aqueles dois prédios localizados entre o Senado Federal (a
semiesfera) e a Câmara dos Deputados (o hemisfério). Hoje, o seu talento faz
parte da história e daquela imponente arquitetura, idealizada por Oscar Niemeyer que é
considerada um símbolo nacional e um ícone no exterior.
Graças ao meu avô aprendi que a única maneira de fazer
um grande trabalho é amando o que você faz.
Os limites é você
quem decide. Nem todo mundo tem a possibilidade de fazer o que ama. Mas, pior do que isso é insistir em se manter preso ao que não gosta. Se você não está satisfeito onde está, ou com aquilo que faz, o
que impede você de sair dessa situação?
Graças ao meu avô aprendi que a vida pode colocar obstáculos, mas os limites quem decide é você.
Graças ao meu avô aprendi que a vida pode colocar obstáculos, mas os limites quem decide é você.
Identificar o que
você quer, saber exatamente onde quer chegar e ter determinação para ultrapassar os obstáculos vão permitir sair de onde você está e chegar onde quer.
Manter-se na rota
certa é um desafio constante durante o percurso. Portanto é preciso ficar alerta... manter o foco, verificar a meta
final, traçar metas menores e possíveis, modificar as metas sempre que necessário,
traçar planos e estratégias que possam contribuir com seus objetivos, estar
atenta as oportunidades, se necessário criar oportunidades, não procrastinar, estar
preparada para enfrentar desafios, assumir riscos, não ter medo do
desconhecido. Chegar onde você quer será apenas uma consequência
lógica do seu trabalho, esforço e tempo.
O valor
das pequenas coisas.
Sempre observei, com muita atenção, as coisas que o meu avô fazia. Uma lembrança que tenho é de quando ele chegava das suas viagens de
Brasília. Ele me trazia uma caixinha de Mentex (uma
goma de hortelã). Ele sabia que eu gostava daquela bala. Um gesto de valor
inestimável que em minhas lembranças está catalogada como uma das mais preciosas.
Graças ao meu avô descobri a importância
da consistência e coerência entre o falar e o fazer, o pensar e o agir. Não é o muito falar que vai fazer a diferença ou impactar a vida de alguém, são
as pequenas atitudes que fazem a grande diferença... seja através de um sorriso
que contagia ou de uma caixinha de Mentex.
Ver o
mundo sob outra ótica. A vida é curta demais e sempre vai ter louça para lavar,
então, vamos jogar!
Graças ao meu avô descobri o tesouro escondido em pequenos momentos.
Eu tive o privilégio de ser cuidada, educada,
mimada e amada por um avô maravilhoso... uma das pessoas mais generosas que
conheci, ouvidos que escutavam, olhar que encorajava, abraço que confortava e um amor que nunca acaba. Sempre vou te amar.
Nesse Dia dos Pais podemos recordar esse outro ícone da nossa infância, os avôs... homens com prata nos cabelos
e ouro no coração... pais duas vezes com o dobro de amor para dar.
Feliz Dia a Todos!
Um grande e especial abraço
Isi
Outros textos sobre PAIS. Boa leitura.
Como se forma um pai. Como ser bem-sucedido na missão de pai.
Um amor além das palavras. Pai, a saudade sem fim que você deixou.
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Equilíbrio Sentimental. Essência Feminina - Espaço Terapêutico da Mulher.
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